Com a ajuda do VLBA (Very Long Baseline Array, um conjunto de radiotelescópios espalhados pelo território dos EUA, mas que funcionam em rede), pertencente à National Science Foundation e ao NRAO americanos, astrónom@s descobriram um planeta do tamanho de Saturno em órbita de uma pequena e fria estrela. O que o torna especial, porém, não é o seu aspeto, mas a forma como foi encontrado.
Uma caça aos tesouros exoplanetários
Até agora, os astrónomos já encontraram mais de 4000 planetas longe do nosso Sistema Solar (que são coletivamente designados como exoplanetas). Mas, na realidade, supomos que existam muitos, muitos mais! Quase todos estes exoplanetas foram encontrados sem que fossem diretamente avistados. Em vez da visão, @s astrónom@s tiveram que usar técnicas especiais para os descobrir.
Vigilância apertada
O VLBA descobriu este planeta do tamanho de Saturno, e que fica a 35 anos-luz do Sistema Solar, graças a uma dessas técnicas especiais. Contudo, apesar de ela ser bem conhecida, não é de fácil aplicação.
O telescópio precisa de obter a localização da estrela no céu com uma enorme precisão. Depois pode seguir-lhe cuidadosamente o movimento enquanto ela atravessa o espaço. Por vezes, o telescópio consegue detetar uma minúscula oscilação nessa trajetória. E ela quer dizer que há um planeta por perto! A oscilação é provocada pela atração gravítica que o planeta exerce sobre a estrela. Quando ela é detetada, os cientistas têm ao seu dispor técnicas matemáticas que lhes permitem calcular a posição do planeta.
Por isso, encontrar uma estrela “aos tropeços” enquanto se desloca pelo espaço é um acontecimento especial: permite identificar mais um exoplaneta.
Facto curioso
Esta foi apenas a segunda vez que um exoplaneta foi descoberto graças a esta técnica!
Share: